CRONOLOGIA
DO TEMPO
HERNANDEZ, Leila Maria Gonçalves Leite. África na Sala de Aula: Visita à História contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005. p.
45-69.
Século XV – Marcou fraca presença de
portugueses nas margens do Índico.
Século XVI – Momento de forte escoamento
de escravos do ocidente africano, além de cobres e marfim.
Século XVI – Momento em que a região
ocidental da África se transforma em centro de produção e circulação de
escravos.
Século XVIII-XIX – Grande procura no continente
africano por novos eixos de entrada no interior do território, desencadeada por
franceses e ingleses, entre outros, procurando satisfazerem seus desejos
econômicos.
Século XIX – Marcou declínio do tráfico
escravo e início do processo de roedura do continente africano. Foi um momento
de grande influência da religião para o continente africano, onde vários
potentados africanos estavam se tornando presas fáceis diante dos diversos
tratados que assinavam com os europeus, facilitando o colonialismo de seu
território. Isso refletiu nos 226 tratados assinados com a França e nos 389 assinados
com a Grã-Bretanha.
1430 – Expansão inicial do processo
de “roedura” do continente africano que seria ampliado momentos após a
Conferência de Berlim.
1434 – Chegada dos portugueses ao
Cabo Bojador.
1455-1456 – Momento em que Cadamosto (veneziano a serviço de Lisboa) e
Diogo Gomes (português) chegam no rio Gambia e em regiões da costa ocidental
africana. Ainda em 1456 chegaram no rio Grande, próximo do império de Mali.
1482 – Construção das primeiras
edificações no sul da Saara. Lugar onde se obtinha grande números de escravos.
1483 – Descobrimento do reino do
Congo, ao norte da Angola, por Diogo Cão, que ao subir o rio Congo visava
chegar às índias.
1487 – Momento em que Bartolomeu
Dias dobra o Cabo da Boa Esperança.
1512 – Momento em que o Manicongo
(senhor do Congo) se declarou cristão.
1530 – Momento em que foram tirados
de Angola e de Pinda 4 mil negros.
1571 – Batalha de Lepanto. Momento
em que os Turcos Otomanos dificultavam o acesso dos portugueses às terras de
Tanger até a região de Safim.
1575 – Aumento do tráfico de cativos
devido ao desenvolvimento do mercado negreiro nas Américas (portuguesa,
francesa, britânica e espanhola).
1648-1850 – Momento em que o trabalho
escravo tornou-se significativo no Brasil, comparado as outras regiões das
Américas. Considera-se uma soma de 10 a 11 mil cativos transportados nesse
momento.
1652 – Fundação da colônia do Cabo
na África do Sul.
1665 – Destruição do reino Congo
pelo portugueses.
1778 – Criação da Associação
Africana, que tendo sua sede em Londres, reunia aristocratas e homens de
negócios que visavam descobrir áreas interiores da África.
1785 – Momento em que o lago Vitória
é contornado por Stanley, que posteriormente chegou na nascente do rio Nilo.
1787 – Fundação da colônia de
Freetown para escravos libertos.
1795 – Escocês Mungo Park faz uma
viagem de um ano e meio pela costa ocidental, no qual explorava a bacia de
Níger.
1811 – Crescimento da exportação de
cativos de Moçambique, em reflexos à retração da África ocidental.
1815 – Conferência de Berlim.
Discutiam assuntos contrários ao tráfico de escravos.
1821 – Chagada de Denham e
Clapperton ao Chade.
1826 – Chegada do escocês Gordon
Laing a Tombuctu. René Caillé também foi com ele nesse lugar em 1827.
1830 – Momento em que teve forte
participação dos missionários (anglicanos, metodistas, batistas, e
presbiterianos) no processo de roedura do continente africano, pois estavam a
serviço da Grã-Bretanha, e atuaram em Libéria, Costa do Ouro, Nigéria e Serra
Leoa, criando vários postos missionários.
1847 – Independência da Libéria reconhecida, no entanto,
recebeu o título de “semicolônia”.
1848 – Missionários católicos
franceses protestam contra a escravidão. No entanto, estavam colaborando para a
conquista cultural da África pela Europa.
1849 – Chegada de Livingstone à
África do Sul. Chegou na costa do Índico em 1856, descobriu o lago Niassa em
1858, e chegou em Luanda em 1859.
1855 – Momento em que o alemão Henri
Barth atravessa o Saara e chega na Inglaterra, via trípole.
1860-1880 – Missões nas regiões dos lagos visavam estabelecer unidades
modelos voltadas para o cultivo de produtos para a exportação, pois eram
contras ao tráfico de escravos.
1865-1890 – Período em que o rei Leopoldo
da Bélgica queria fundar um império ultramarino, e portanto, lançou mão dos
estudos estratégicos da exploração africana, para em 1868 – Fundação da congregação do espírito Santo na Tanzânia.
1875, fundar uma cadeia de postos
comerciais e científicos na África central ao Atlântico.
1876 – Realização da Conferência Geográfica
de Bruxelas em setembro, que visava identificar as rotas de entradas para o
interior. Como Portugal foi o último pais convidado para participar da
conferência, este se lançou na disputa para manter seus privilégios sobre a
partilha da terra.
1877 – Hermegenildo Capelo e Roberto
Ivens viajam para o Congo, e, na volta descobrem os cursos dos rios Cubango e
Tohicapa. Também conheceram vários territórios da Angola e Moçambique em 1877 e
1879.
1879 – Fundação da primeira cidade
euro-africana, Saint Louis no Senegal.
1879 – Maior controle político da
França sobre o Egito.
1880 – Nesse momento o controle
político dos lusitanos sobre o continente africano se limitava a pequenos
enclaves e plataformas comerciais. Missões católicas vão do Níger até o Gabão.
E até foi convocada por Portugal uma Conferência para decidir os processos de
partilha da África central.
1884 – Declaração de 24 de abril formulada por Bismak,
declarava a posse de terras africanas, desde o rio Orange ao rio Cunene, como
protetorado da Alemanha. Segundo o autor, isso gerou um litígio que culminou na
primeira grande guerra.
1884-1885 – Conferência de Berlim. Foi
organizada por Bismak, além disso, a mesma servia para impor negociações
diplomáticas. Reuniu França, Grã-Bretanha, Portugal, Alemanha, Bélgica, Itália,
Espanha, Áustria-Hungria, Países Baixos, Dinamarca, Rússia, Suécia e Noruega,
Turquia e EUA. Momento
em que as fronteiras do território africano são traçadas.
1885 – Conferencia de Berlim.
Segundo o autor, nesse momento foi instaurado o Estado Livre do Congo. Essas
práticas tomadas entre 1876-1884 aceleraram o processo de partilha do
território africano; Elaboração de tratados anglo-alemão que determinava
regiões da África a estarem sob controle da Inglaterra e da Alemanha; Ata geral da Conferência de Berlim foi assinada
assegurando as vantagens de livre navegação e livre comércio nos dois
principais rios africanos: Níger e Congo. Também regulava as ocupações do
território africano. Essa Ata possuía 7 capítulos.
·
O 1º era referente a regulamentação do livre comercio
e navegação na zona marítima atlântica até o índico.
·
O 2º diz respeito às disposições relativas a proteção
dos indígenas, missionários e viajantes.
·
O 3º definia a neutralidade dos protetorados dentro
dos territórios da bacia convencional do Congo. Deveria permitir a livre
circulação de comerciantes, desde que não transportassem munições.
·
O 4º concedia livre navegação no Congo para todos as
nações.
·
O 5º também definiam livre navegação nas águas do
Níger, apesar desse território estar sob soberania da França.
·
O 6º definia os princípios para as novas ocupações
territoriais.
·
O 7º compreendia as disposições gerais, que previa
modificações e deslocamentos de fronteiras caso fosse necessário.
1886 – Tratado anglo-alemão que determinava Zanzibar sob o
controle britânico, colocando fim no monopólio do Reino Unido sob a África
oriental.
1887 – Acordo que deu ensejo ao Tratado de Heligolândia,
que restituiu-se Heligolândia ao domínio alemão. Isso acabou com o projeto
britânico de estabelecer uma rota do Cabo-Cairo.
1889 – Convenção anglo-francesa que regulamentou a questão
egípcia.
1890 – Acordo de aceitação da linha Say-Barrwa na África
ocidental.
1890/1891/1893 – Definiram e manteram a ideia de
que o alto Nilo devesse permanecer sob influência britânica.
1891 – Tratado anglo-português declarou Angola e
Moçambique sob influência de Portugal. Ao mesmo tempo, trouxe novas definições
para a dominação alemã sobre a África central.
1894 – Tratado estabelecido entre o Estado livre do Congo
e o Reino Unido.
1896 – Derrota das tropas italianas pelo exército de
Menelik, rei da Etiópia.
1898 – Convenção do Níger, que encerrou a partilha do
território africano da África ocidental, entre França e Reino Unido.
1902 – Paz de Vereeniging, que pôs fim às guerras dos
ingleses com os bôeres, confirmado a supremacia britânica na África do Sul.
1920 – Apesar da Conferência de Berlim não ter atendido
aos direitos dos africanos, que eram os donos das terras, em 1920 tinha outras
potencias disputando seus territórios.
1935-36 –
Momento em que as tropas de Mussolini conseguiu entrar na Etiópia.
Autor: Paulo Ricardo Pimenta da Cruz
Imagem retirada do Google
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